Existem pessoas que entram na nossa vida para realmente fazer a diferença. Estive pensando sobre isso esses dias, há aqueles que são momentâneos, que estão presente apenas quando querem algo, os verdadeiros sanguessugas, aqueles que não marcam, que não fazem a diferença. Porém, em algum curto, longo, ou eterno momento há de vir, para todos nós, aqueles ou aquelas que entraram na nossa vida, e irão transformar. Quando isso acontece é como se certos conceitos que tínhamos fossem mudados para melhor, fossem aprimorados, elevados a potência máxima de perfeição.
Lógico que essa pessoa não será exatamente perfeita, ela terá defeitos, mas é graça é realmente gargalhar da quase escassez dos pequenos defeitos que percebemos ao longo do tempo. Aos olhos de quem tem a vida profundamente mudada, essa escassez de defeitos mostra o caminho que a vida pode tomar. Revela coisas que antes eram obscuras, nos tira da insegurança e nos coloca num local onde é possível visualizar um futuro que se quer, um que se pode moldar junto a outra pessoa.
Tenho pra mim que não é todo dia que encontramos alguém assim. Atualmente, com essa banalização do amor, todos os dias, pessoas encontram e deixam amores, mas poucos tem noção do que é amar. Não é fogo apaixonante, isso é algo que a princípio aproxima, mas o amor....ah, o amor é algo mais puro, é algo que aprendemos com o tempo, e esse tempo só faz esse sentimento ficar mais forte.
Antes pensara que o amor era apenas isso, aquele fogo que queima mesmo a alma, que faz loucuras dentro de nós, aquela coisa banal, e de certa forma carnal. E isso, em certas horas é ótimo, é intenso. Mas isso cansa. Se não há um futuro para isso, então qual o sentido?. Não há!
E foi por ter tido essa experiência, horas boas e horas ruins, que hoje posso saber como é bom saber amar alguém, e o mais importante, saber amar a mim mesma, pois esse amor não pode ser suplantado por outro, não pode ser substituído. É lógico que o amor vivido entre duas pessoas não pode perder o poder da paixão, mas essa tem que ser dosada dia a dia, tem que ser como um chocolate com pimenta, viciante, mas se for demais enjoa. Esse coração bandido que tem dentro de cada um de nós é teimoso, quer ter vontade própria de geralmente amar que não merece, quem não é bom...Mas existe uma maneira, e somente uma de domar essa fera dentro do peito. A forma mais prática que eu sei que funciona é o esquecimento. É a melhor auto-defesa que pode existir. Como uma praticante dessa técnica sei bem os efeitos colaterais: dor, sofrimento, choros a noite, sorrisos forçados no dia. E por mais maluco que possa parecer, um dia você percebe que já não chora a noite, já não precisa forçar o sorriso, já não tem mais dor no peito, e simplesmente percebe que não sofre mais. Nesse exato momento de clareza, nessa luz no fim do túnel você vê que o mundo é mais brilhante, as pessoas são bem melhores do que você lembrava e aquele dito "amor" que você acha, na verdade todos nesse caso tem certeza de que o sentem é amor, mas esse dito que tu achas que tem nada mais é do que uma singela paixão. Depois da primeira e mais sofrida pra alguns, nota-se que as outras paixões não passam disso, de caso que são somente acasos, dos quais não há sonhos juntos, planos futuros ou uma construção de uma vida a dois. Claro que existem as excessões, mas de toda forma a maioria ocorre assim.
Mas enfim, estou aqui, falando e falando e não chego a um assunto final. Acho divertido a hipocrisia das pessoas que dizem amar. Tenho amigos que amam, amam de verdade e as pessoas de fora percebem que ali, junto daquele casal há o amor. E assim, também tenho amigos que amam no primeiro beijo, que se entregam para serem capachos pelo simples fato de não dosarem a quantidade de informação que é vazada. A esses, dos quais a maior parte já briguei, já tentei abrir os olhos, tenho certa pena, pois, estes demoraram demais a aprender a se amar e só então aprender a amar o outro.
Antigamente ainda diria que sentia vergonha de amar. Mas no meu EU presente, não tenho mais essa vergonha, não quando se ama verdadeiramente. Eu me medi, eu me apaixonei numa noite, num ato, num beijo roubado, um abraço apertado, num carinho gostoso. Me apaixonei mais ainda na semana seguinte, nas ligações de bom dia, nas visitas surpresas. Apeguei mais a paixão no primeiro fim de semana juntos, na primeira noite de amor, no mais respeitoso homem que apareceu na minha vida. Comecei a amar pelo caráter, pelo esforço, por admiração, respeito. Amei pela companhia, pela conversa, pelo jeito simples e ao mesmo tempo complicado. Amei pelo jeito protetor, cuidadoso e divertido de ser e amo, e amo demais, por me fazer alguém melhor. Por me fazer sorrir de novo. Amo por certas horas não poder me decifrar, por se irritar com minhas tolices e me tratar muitas vezes como criança. Amo por cuidar de mim, por se preocupar e por me brigar quando estou, como ele diz, sendo "explorada".
São quase 5 meses, pra mim, foi rápido, muito rápido, assustadoramente rápido. Mas foi, tem sido e com certeza absoluta será por muito, muito tempo. Tempo suficientemente longo pra perder-se a noção do que é tempo.
Nesse pouco espaço de tempo eu tenho sido moldada, minha personalidade já não fica mais presa a mim mesma. Tenho espaço pra me mostrar como eu sou, expor minhas idéias sem ser recriminada, posso falar aquilo que realmente penso sem ter o peso de machucar alguém, porque a pessoa que está andando a meu lado sabe que no momento em que eu me calar, alguma coisa está definitivamente errada.
São quase 5 meses juntos, os melhores de toda minha vida.
Um comentário:
Parabéns e que venham mais....
Amar é intenso de umja froma unica pra cada um ,mais é imensidão e não apenas paixão ;D
Postar um comentário